nenhum lugar


as laranjeiras
floresceram

extemporâneas


e perderam
a doçura

no abandono
de abelhas reticentes.



nenhum lugar
é aqui
:
o tempo inverteu
as estações

e se desfez
na aridez
dos pomares sem futuro.

2 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Poememos os futuros possíveis.
Poemar a fruto temporã.
Poemar os pomares do amanhã, alertando o impossível olhar de indiferença sobre a loucura das estações de nossos dias.
Ah! Olívio esse teu poema é um grito silencioso e terno.

Beijos, amigo.
Belo e doído expressa a dor da natureza.

Sueli Maia (Mai) disse...

Voltei prá te ler e parece que estamos todos melancólicos, não Sidnei? Sei lá se não estou espelhandoou distorcendo as imagens...

Gosto do cheiro das flores de laranjeiras. Já disse que elas acalmam, né?

Abraços e boa semana prá ti.

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